Gado alimentado com alho emite até 40% menos metano

09/08/2011

 

Você já pensou que o alho poderia ser uma ferramenta para ajudar a mitigar as emissões de gases do efeito estufa (GEEs)?

Pois cientistas da Universidade do Oeste do País de Gales indicam que vacas alimentadas com alho liberam menos metano, um dos principais GEEs, e que é 21 vezes mais potente do que o dióxido de carbono quando se trata do efeito estufa.

De acordo com Jamie Newbold, professor que lidera o estudo, há uma substância no alho, chamada de Alicina, que reduz a produção de metano nas vacas durante a fermentação do alimento, durante a digestão. A pesquisa também está sendo realizada com outros tipos de gado, como as ovelhas.

“O alho ataca diretamente os organismos do intestino que produzem metano”, declarou Newbold em 2007, no início dos estudos. Com isso, a liberação de metano pelos animais é reduzida em aproximadamente 40% em relação à fermentação digestiva normal, sem esse composto.

A descoberta pode até parecer brincadeira, mas especialistas alegam que o gado é responsável por boa parte da emissão de GEEs no setor da agropecuária, e por isso, alimentar os animais com ração enriquecida com Alicina poderia ser um modo de combater as mudanças climáticas. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, o metano produzido pelas vacas chega a cerca de 3% do total das emissões de GEEs.

O problema é que, segundo as pesquisas, esse componente modifica o sabor dos laticínios. Por isso, os pesquisadores estão fazendo experiências com outros tipos de substância do alho que possam ter o mesmo efeito, mas que não contaminem o gosto dos produtos (Instituto Carbono Brasil).


Seminário Cinema e Mudança Climática

01/08/2011

Hoje iniciará o Seminário Online ” Cinema e Mudança Climática”, com o objetivo de promover a reflexão sobre as alterações presentes e planos futuros referentes aos problemas ambientais, para isso são analisados filmes de ficção, animações e documentários com abordagens diferentes do tema. A internet será utilizada como ambiente de discussão, por permitir maior inclusão de pessoas de diversas localidades no debate sobre cinema e questões climáticas.

O seminário é uma parceria entre o Goethe-Institut Salvador-Bahia/ICBA e o Laboratório de Análise Fílmica da Pós-Graduação em Comunicação da UFBA. O site do seminário estará disponível a partir  de agosto, com as análises e comentários sobre os filmes e os participantes podem comentar e fazer perguntas. A programação iniciará em 01/08, a mostra continua em setembro e em outubro será realizado o seminário presencial e seleção de filmes.

Para mais informações:

 www.goethe.de/bahia.film@salvadorbahia.goethe.org.


Novo padrão ISO visa credibilidade no mercado global de carbono

28/07/2011

Um novo padrão internacional que oferece detalhes sobre o nível de competência exigido dos responsáveis pela validação e verificação das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) foi publicado. Trata-se de uma nova edição da série ISO de padrões para lidar com questões ligadas às mudanças do clima e apoiar esquemas de comércio de emissões.

Com a crescente conscientização global sobre a necessidade de proteção ambiental e sustentabilidade, as organizações estão ansiosas para demonstrar seus esforços para inventariar, relatar e reduzir emissões. Para garantir a credibilidade do que alegam ter feito, muitas recorrem a empresas independes para validar e verificar as emissões.

A ISO 14066: 2011 especifica os requisitos das equipes que conduzem atividades de validação e verificação. A série de padrões que lida com as questões climáticas foi lançada em 2006, inicialmente com a ISO 14064, que foca em projetos de redução das emissões GEEs para mercados voluntários ou compulsórios. Logo após veio a ISO 14065, que especifica requisitos de creditação para empresas que validam e verificam as reduções de emissão.

“Se uma organização publica alegações que depois se revelam suspeitas, ela corre o risco de ter prejuízos financeiros e de reputação. É por isso que a competência dos que analisam tais alegações é absolutamente crucial”, enfatizou Tod Delaney, um dos responsáveis pela formulação da ISO 14066.

O novo padrão determina as habilidades e conhecimento que o grupo de auditoria precisa ter, com foco no grupo e não na competência individual, abrangendo tópicos como independência e integridade.

“A ISO 14066 é um padrão que acompanha a ISO 14065 na garantia da integridade e consistência no relato das emissões e para projetos de redução ao longo dos setores industriais e fronteiras geográficas”, comentou Chan Kook Weng, também da equipe que desenvolveu o padrão.

A “validação” é a auditoria que vem no inicio de um projeto e determina o enquadramento que ele terá para alcançar a redução de emissões. Já a “verificação”, analisa o desempenho de um projeto ou empresa no seu inventário de GEEs e relato dos resultados em comparação a um protocolo estabelecido.

A ISO 14066: 2011 é disponibilizada através dos membros nacionais da organização, que no caso do Brasil é a ABNT, ou do Secretariado Central da ISO na Loja ISO nos idiomas inglês e francês.


Setor aéreo testa combustíveis mais verdes, afim de reduzir suas emissões

21/07/2011

A busca por combustíveis mais sustentáveis chegou à aviação. A necessidade de reduzir os gases-estufa do setor aéreo, que corresponde a 2% das emissões globais, leva empresas de aviação, fabricantes de aviões e centros de pesquisas a uma corrida tecnológica para desenvolver biocombustíveis que possam substituir, ao menos em parte, o querosene derivado do petróleo.

O Brasil já concentra várias frentes de pesquisa, e a expectativa é de que em cinco anos os primeiros biocombustíveis para aviação estejam prontos para serem produzidos. Em uma década, serão uma alternativa viável para o abastecimento de aviões.

“Vários estudos são realizados paralelamente em todo o mundo, com diversas rotas tecnológicas. O biocombustível para aviação será uma realidade em dez anos”, diz Guilherme Freire, diretor de estratégias e tecnologias para meio ambiente da Embraer. A fabricante de aviões faz parte de uma aliança para testar os biocombustíveis em seus aviões, com a companhia aérea Azul, a fabricante de equipamentos GE e a Amyris, empresa de biotecnologia. O primeiro voo teste deve ocorrer no primeiro semestre de 2012.

“O objetivo é acelerar a introdução de um combustível renovável, capaz de reduzir significativamente as emissões de gases-estufa e uma alternativa sustentável de longo prazo”, diz Freire, também presidente da Aliança Brasileira Para Biocombustíveis de Aviação (Abraba). A pesquisa utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção do bioquerosene, um “etanol” para aviões.

Segundo Freire, essas pesquisas se justificam porque a aviação é um setor em expansão em todo o mundo e as emissões de gases-estufa tendem a crescer, ao mesmo tempo em que governos começam a taxar empresas pelas emissões. Em razão disso, o setor de aviação estabeleceu a meta de reduzir em 50% as emissões da indústria até 2050, em relação ao ano de 2005 (Fonte:o Estado de Sao Paulo).

 


China inicia mercado de emissões de CO2 em caráter experimental

19/07/2011

A China, o maior emissor de dióxido de carbono do mundo, lançará um programa experimental para estabelecer um mercado de emissões de CO2 e reduzir os gases poluentes em sua luta contra a mudança climática, destacou a agência oficial Xinhua.

O plano, apresentado pelo vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, inclui um aumento da diferença de tarifas entre as indústrias de alto consumo energético e o resto, assim como vantagens fiscais a projetos de conservação energética.

Além disso, haverá incentivos às companhias financeiras chinesas para que invistam em novas energias, em um país que já lidera mundialmente o investimento em renováveis.

O governo chinês fixou a meta entre 8% e 10% de suas emissões de poluentes na meia década 2011-2015, segundo assinalou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em sua apresentação do 12º Plano Quinquenal para esse período, no mês passado de março.

Ao mesmo tempo, a segunda maior economia mundial fixa como meta aumentar para 11,4% o uso de combustíveis não fósseis como fontes de energia (embora carvão e petróleo continuem predominando) e reduzir em 17% a intensidade de carbono (emissões de CO2 divididas pelo PIB).

O país asiático descuidou a proteção ambiental durante décadas em benefício do crescimento econômico, por isso que o país apresenta uma severa degradação de seu ecossistema.

No entanto, a conscientização perante estes problemas também aumentou no seio do regime, à medida que sua população mostrou seu descontentamento com catástrofes ambientais, problemas de segurança alimentar derivados e outros conflitos relacionados. (Fonte: Folha.com)


GSS Música: Ouça o hit das mudanças climáticas!

08/07/2011

Cansados de ver tantos céticos que não são especialistas em clima ocupar espaço na mídia e prejudicar a já difícil luta para mitigar as mudanças climáticas, cientistas australianos resolveram deixar a timidez de lado e divulgaram um rap que já conta com mais de 170 mil acessos no YouTube.

No vídeo “I’m A Climate Scientist”, pesquisadores de diversas instituições aparecem cantando dados sobre o aquecimento global e criticando os políticos que participaram da Conferência do Clima de Copenhague (COP 15).

“Yo! Nós somos cientistas climáticos e não há como negar: as mudanças climáticas são reais!”, canta Jason Evans, do Centro de Pesquisas em Mudanças Climáticas da Universidade de New South Wales.

Assista o video abaixo e veja o video que está ajudando a salvar o planeta!


Panamá sediará negociações climáticas em outubro

04/07/2011

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) resolveu realizar mais uma rodada de negociações antes da Conferência do Clima (COP 17) da África do Sul, marcada para o fim do ano.

Em seu site, a entidade divulgou que o novo encontro está agendado para a Cidade do Panamá entre os dias 1 e 7 de outubro. Será a última oportunidade para os negociadores resolverem suas diferenças antes da COP 17.

Na mais recente rodada climática da ONU, no começo de junho, pouco foi concretizado e muitos delegados afirmaram que as negociações estavam estagnadas.

Questões como o futuro do Protocolo de Quioto e o financiamento para ações de adaptação e mitigação às mudanças climáticas ainda estão sem solução e se o encontro do Panamá não trouxer novidades, dificilmente a COP 17 cumprirá seu papel.


CNI Lança Estudo: A indústria e o Brasil – Energia e Competitividade na Era do Baixo Carbono

29/06/2011

A CNI – Confederação Nacional da Indústria, lançou o estudo “A indústria e o Brasil: Energia e Compettitividade na Era do Baixo Carbono” que traça uma visão ampla do setor energético mundial no contexto de mudanças climáticas e delineia a posição brasileira nesse panorama. São analisadas condições e custos de suprimento, participação de fontes renováveis e não renováveis na matriz energética, configuração do mercado do gás natural e efeitos das mudanças climáticas sobre o parque gerador. Com este estudo, a CNI espera contribuir para o debate sobre o futuro da energia no Brasil e para a adoção de medidas visando ao aumento da competitividade do produto nacional.
Quem tiver o interesse em acessar o estudo na íntrega, pode acessar o endereço eletrônico: http://www.cni.org.br/portal/data/files/FF808081309A85400130AEBD59B220B0/Energia%20e%20Competitividade%20na%20Era%20do%20Baixo%20Carbono.pdf

 


UE vota nesta semana plano para reduzir emissões em 95% até 2050

21/06/2011

Os ministros europeus do Meio Ambiente vão votar pela primeira vez nesta terça-feira (21), em Luxemburgo, a estratégia comunitária para reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 80% e 95% até 2050, índice proposto pela Comissão Europeia em março.

O plano executivo da União Europeia apresentado anteriormente era então considerado pouco ambicioso por ambientalistas, porque não incluía a meta de reduzir as emissões entre 20% e 30% até 2020, o que acabou se tornando obrigatório.

Entretanto, os países teriam adotado um texto que não faz menção a um dos assuntos mais polêmicos: a retirada dos subsídios do mercado de carbono europeu a partir de 2013. A retirada foi concebida pela Comissão para aumentar o preço das emissões de CO2 e assim, conseguir cobrar um preço mais caro pela poluição.

Porém, as indústrias afirmam que é uma forma encoberta de forçá-las a realizar esforços maiores para redução de emissões em menor tempo, o que, segundo os empresários, poderia prejudicar a concorrência. (Fonte: Globo Natureza)


Ban Ki-moon pede avanços em negociações sobre mudança climática

13/06/2011

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu avanços nas negociações sobre mudança climática em um encontro governamental do Executivo da Colômbia realizado neste sábado em Cartagena.

Ban, que faz uma visita oficial ao país, advertiu que os desastres têm atingindo com mais força o planeta, o que representa um desafio que nenhum país pode enfrentar por sozinho. “É por isso que devemos trabalhar juntos”, afirmou Ban, e apontou que todos os países devem investir em desenvolvimento sustentável. Neste contexto, lembrou que o Rio de Janeiro será palco em 2012 de uma nova conferência internacional sobre mudança climática, chamada Rio+20.

A reunião será realizada 20 anos após a Cúpula da Terra, celebrada em 1992 na mesma cidade, com a presença de delegações de 172 países. Ban convocou a comunidade internacional para assumir compromissos e consensos para que “a Rio+20 seja um sucesso para a humanidade”.

O secretário-geral da ONU chegou na sexta-feira em Bogotá, na primeira escala de uma viagem latino-americana que continuará pela Argentina e que também inclui paradas no Uruguai e Brasil. (Fonte: Portal iG)