Novo padrão ISO visa credibilidade no mercado global de carbono

28/07/2011

Um novo padrão internacional que oferece detalhes sobre o nível de competência exigido dos responsáveis pela validação e verificação das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) foi publicado. Trata-se de uma nova edição da série ISO de padrões para lidar com questões ligadas às mudanças do clima e apoiar esquemas de comércio de emissões.

Com a crescente conscientização global sobre a necessidade de proteção ambiental e sustentabilidade, as organizações estão ansiosas para demonstrar seus esforços para inventariar, relatar e reduzir emissões. Para garantir a credibilidade do que alegam ter feito, muitas recorrem a empresas independes para validar e verificar as emissões.

A ISO 14066: 2011 especifica os requisitos das equipes que conduzem atividades de validação e verificação. A série de padrões que lida com as questões climáticas foi lançada em 2006, inicialmente com a ISO 14064, que foca em projetos de redução das emissões GEEs para mercados voluntários ou compulsórios. Logo após veio a ISO 14065, que especifica requisitos de creditação para empresas que validam e verificam as reduções de emissão.

“Se uma organização publica alegações que depois se revelam suspeitas, ela corre o risco de ter prejuízos financeiros e de reputação. É por isso que a competência dos que analisam tais alegações é absolutamente crucial”, enfatizou Tod Delaney, um dos responsáveis pela formulação da ISO 14066.

O novo padrão determina as habilidades e conhecimento que o grupo de auditoria precisa ter, com foco no grupo e não na competência individual, abrangendo tópicos como independência e integridade.

“A ISO 14066 é um padrão que acompanha a ISO 14065 na garantia da integridade e consistência no relato das emissões e para projetos de redução ao longo dos setores industriais e fronteiras geográficas”, comentou Chan Kook Weng, também da equipe que desenvolveu o padrão.

A “validação” é a auditoria que vem no inicio de um projeto e determina o enquadramento que ele terá para alcançar a redução de emissões. Já a “verificação”, analisa o desempenho de um projeto ou empresa no seu inventário de GEEs e relato dos resultados em comparação a um protocolo estabelecido.

A ISO 14066: 2011 é disponibilizada através dos membros nacionais da organização, que no caso do Brasil é a ABNT, ou do Secretariado Central da ISO na Loja ISO nos idiomas inglês e francês.


O mercado de carbono entre 11 e 18 de julho

20/07/2011

O mercado europeu de carbono continua sob pressão significativa, tendo caído 20% em um mês devido às preocupações sobre a crise na zona do euro que desencadeou uma onda de vendas ao longo dos mercados de commodities.

Alguns episódios de recuperação nos preços do carbono europeu ao longo da semana passada, como na terça e quinta-feira, foram concretizados devido a atividades especulativas e sinais técnicos otimistas face a venda de 1,5 milhões de permissões em um leilão realizado pela Grécia. Este leilão arrecadou € 17,9 milhões para o governo com a venda de 1,5 milhões de EUAs por € 11,91.

Na sexta-feira os preços se firmaram em € 12,43, uma redução de 2% em relação à semana anterior, apesar dos volumes pequenos contidos pelas expectativas de um encontro de ministros da zona do euro durante o final de semana.

“Apesar de haver uma oferta demasiada de EUAs no esquema europeu, nem tudo tem a ver com o carbono. Há também influência da zona do euro como um todo e questionamentos sobre a sua capacidade de se manter unida face à pressão de países fracos como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha”, comentou o analista da OMFinancial Nigel Brunel.

O especialista espera que a situação volátil deva continuar a assombrar o mercado europeu ainda por algum tempo e que os preços podem até mesmo cair um tanto mais.

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) para entrega em dezembro de 2011 caíram abaixo dos € 10 por alguns dias até fecharem a sexta-feira em € 10, em baixa de 4%.

O spread entre as EUAs e RCEs dez11 está agora em € 2,43/t e nos contratos dez12 em € 2,9/t. Análises da Barclays Capital indicam que ao passo que os créditos HFC-23 e N2O se tornam cada vez mais DISTRESSED, o spread entre as EUAs e RCEs deve aumentar.

O Comitê Executivo do MDL realizou uma reunião onde esperava-se uma decisão sobre a redução da quantidade de créditos de carbono expedida para projetos de carvão ditos ‘eficientes’, porém a reunião se concentrou em resoluções sobre o acesso de países pobres às finanças do carbono e não atendeu às expectativas de grupos ambientalistas de lidar com a controversa metodologia.

No mercado neo-zelandês NZUs agora estão sendo negociadas na baixa de NZ$ 17 (mais informações), com os compradores preferindo adquirir RCEs e os vendedores se desfazendo das NZUs. As RCEs para dezembro de 2011 estão sendo negociadas em torno de NZ$16,77 no mercado neo-zelandês, sendo a primeira vez que as compensações da ONU são transacionadas em um valor inferior às NZUs.

Estados Unidos

Os créditos de compensação das emissões negociados na Califórnia aumentaram levemente esta semana, com lances de US$ 10,75/t, segundo a Point Carbon.

A Green Exchange LLC anunciou ontem detalhes sobre os contratos futuros para negociação de permissões de carbono da Califórnia (CCA – California Carbon Allowance), que servirão como uma ferramenta de cumprimento e gerenciamento de riscos para os participantes esquema californiano de comércio de emissões.

O mercado do Estado deve se tornar o maior da América do Norte, visando cortar as emissões aos níveis de 1990 até 2020. O programa será introduzido em 2012, com o primeiro período compulsório entre 2013 e 2014, e abrange cerca de 85% das emissões de gases do efeito estufa da Califórnia.


China inicia mercado de emissões de CO2 em caráter experimental

19/07/2011

A China, o maior emissor de dióxido de carbono do mundo, lançará um programa experimental para estabelecer um mercado de emissões de CO2 e reduzir os gases poluentes em sua luta contra a mudança climática, destacou a agência oficial Xinhua.

O plano, apresentado pelo vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, inclui um aumento da diferença de tarifas entre as indústrias de alto consumo energético e o resto, assim como vantagens fiscais a projetos de conservação energética.

Além disso, haverá incentivos às companhias financeiras chinesas para que invistam em novas energias, em um país que já lidera mundialmente o investimento em renováveis.

O governo chinês fixou a meta entre 8% e 10% de suas emissões de poluentes na meia década 2011-2015, segundo assinalou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em sua apresentação do 12º Plano Quinquenal para esse período, no mês passado de março.

Ao mesmo tempo, a segunda maior economia mundial fixa como meta aumentar para 11,4% o uso de combustíveis não fósseis como fontes de energia (embora carvão e petróleo continuem predominando) e reduzir em 17% a intensidade de carbono (emissões de CO2 divididas pelo PIB).

O país asiático descuidou a proteção ambiental durante décadas em benefício do crescimento econômico, por isso que o país apresenta uma severa degradação de seu ecossistema.

No entanto, a conscientização perante estes problemas também aumentou no seio do regime, à medida que sua população mostrou seu descontentamento com catástrofes ambientais, problemas de segurança alimentar derivados e outros conflitos relacionados. (Fonte: Folha.com)


Tem início embate judicial entre UE e EUA para definir mercado de carbono na aviação

06/07/2011

Estados Unidos afirma que implementação de esquema de carbono europeu em linhas aéreas norte-americanas contraria acordos internacionais; Canadá se une à oposição

Mais um capítulo da batalha judicial entre a União Europeia e os Estados Unidos para decidir o futuro das emissões de CO2 da aviação internacional será desenrolado hoje. Nesta terça-feira, companhias aéreas norte-americanas devem ir à corte para tentar barrar a imposição do esquema de comércio de carbono europeu (EU ETS) a empresas dos EUA . A novela, no entanto, só deve acabar daqui a alguns meses, às vésperas da implantação do plano.

A extensão do EU ETS à indústria do transporte aéreo tem como objetivo limitar as emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) do setor, e faria com que as empresas tivessem que comprar 15% das permissões de emissão – o restante seria dado às companhias pela UE – e tivessem que reduzir gradativamente as suas emissões. Com isso, calcula-se que só os custos anuais da indústria aérea europeia aumentariam cerca de € 1 bilhão.

As linhas aéreas dos EUA alegam que a obrigação da participação de linhas não europeias ao EU ETS excede a jurisdição da UE e transgride vários acordos internacionais, incluindo a Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, também conhecida como Convenção de Chicago, que regulamenta a indústria mundial de tráfego aéreo.

“Acreditamos que as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) das linhas aéreas devem ser resolvidas por uma abordagem global, em vez de por uma ação unilateral do governo do Reino Unido ou dos governos da UE”, escreveu a Associação de Transportes Aéreos da América (ATA), que representa as empresas aéreas norte-americanas, em documentos online.

A ATA e a Associação do Transporte Aéreo Internacional (AITA) declararam também que a legislação europeia não esclarece como devem ser aplicados os fundos do ETS, e que estes poderiam ser usados pela UE. “Países como a Grã-Bretanha se reservaram ao direito de usar o dinheiro como bem entendem. Ajudar os europeus a saírem de seu buraco fiscal não é o trabalho da indústria da aviação”, afirmou Nancy Young, vice-presidente da ATA.

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Mercado de carbono da Califórnia vence disputa em corte

28/06/2011

O tribunal de recursos da Califórnia determinou que os reguladores estaduais podem prosseguir com os planos para implementar um sistema de carbono cap-and-trade, decisão que os coloca a caminho para lançar o mercado como o programado, em janeiro de 2012.

A decisão judicial do Tribunal de Recursos do Primeiro Distrito da Califórnia, na sexta-feira (24), foi o último capítulo de uma batalha judicial de meses a respeito dos planos do Conselho de Recursos do Ar para estabelecer um mercado de carbono para auxiliar os maiores poluidores de gases do efeito estufa (GEEs) da Califórnia a reduzirem as emissões até 2020 em relação aos níveis de 1990, conforme exigido pela lei estadual.

Em 20 de maio, o juiz da Suprema Corte de São Francisco ordenou que funcionários do estado interrompessem o trabalho de planejamento do mercado, mas os reguladores conseguiram obter um adiamento dessa ordem apelando para a corte no início de junho.

Na decisão de sexta-feira, a corte concedeu aos reguladores a permissão de continuar o trabalho pendente. O tribunal de instância inferior havia determinado que o estado não havia analisado adequadamente alternativas para o mercado de carbono quando aprovou um plano estadual de redução de GEEs em 2009.

Uma fonte do tribunal de apelação afirmou que pode levar mais de um ano antes que a corte avalie o assunto, o que deve dar aos reguladores tempo suficiente para completar o trabalho do mercado de carbono ainda esse ano, dizem os advogados.

“Isso significa que a Califórnia tem permissão para continuar trabalhando em seu programa cap-and-trade enquanto o tribunal de apelação analisa todos os méritos do recurso do estado a partir da decisão de uma instância inferior”, declarou na sexta-feira Cara Horowitz, advogada do Centro Emmett de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Horowitz afirmou que mesmo o estado estando em condições de alcançar sua data de início, não é certo que atinja a meta que estabeleceu para si mesmo.

Os reguladores instituíram uma série de datas para lançamentos do projeto-chave do mercado e para reuniões das partes interessadas ao longo do ano.

Decisões-chave, incluindo como distribuir permissões de poluição de bilhões de dólares para empresas de serviços públicos e o como usar a receita arrecadada para a o leilão dessas permissões, ainda devem ser tomadas.

O Conselho de Recursos do Ar declarou que o sistema cap-and-trade ficará responsável por cerca de 20% de todos os cortes de emissões que deverão alcançar a meta de 2020. Um sistema cap-and-trade normalmente permite que firmas que emitem mais dióxido de carbono do que o limite comprem créditos daquelas que emitem menos (Fonte: Reuters).


Crédito de Carbono: O Mercado entre 13 e 20 de Junho.

22/06/2011

Durante a semana passada os preços do carbono caíram constantemente na Europa, voltando aos valores registrados em março, devido a sentimentos negativos que perturbam o mercado, dentre eles a expectativa do aumento na disponibilidade de créditos de carbono até o final do ano. “Há uma série de fatores contribuindo para o sentimento negativo. Um complexo energético fraco em conjunto com a apatia atual do carbono é um fator de força maior, mas também o foco na Europa e as suas ‘tragédias internas’ estão contribuindo à fraqueza corrente”, comentou o analista da OMFinancial Nigel Brunel.

A sexta-feira fechou em € 15,58/t, uma queda de 6% em relação à semana anterior para as permissões de emissão (EUAs) da União Européia para entrega em dezembro de 2011. As maiores perdas foram nos contratos para 2014, caindo 7%. As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), na mesma linha, caíram 7% para € 11,65/t. A emissão de 2,1 milhões de RCEs foi relativamente baixa.

O spread entre EUAs e RCEs para dezembro de 2011 fechou em € 4,01/t e para dezembro de 2012 em € 4,56/t. As discussões climáticas que foram realizadas na cidade de Bonn nos últimos dias não conseguiram chegar a propostas concretas para garantir o futuro dos mercados de carbono, como o MDL, em meio a discussões intensas mais amplas sobre o destino do Protocolo de Quioto em si.

Já o mercado europeu, também impregnado de dúvidas quanto à elegibilidade futura das RCEs, recebeu uma notícia boa na última semana com a divulgação das novas regras para o funcionamento dos registros de emissões com maior segurança. A Grécia realizou um leilão de EUAs e conseguiu vender 6.000 unidades do total de 1 milhão oferecidas após os preços no mercado secundário (BlueNext e ICE Futures Exchange) caírem abaixo do piso de € 16,11 estabelecido no leilão.


UE vota nesta semana plano para reduzir emissões em 95% até 2050

21/06/2011

Os ministros europeus do Meio Ambiente vão votar pela primeira vez nesta terça-feira (21), em Luxemburgo, a estratégia comunitária para reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 80% e 95% até 2050, índice proposto pela Comissão Europeia em março.

O plano executivo da União Europeia apresentado anteriormente era então considerado pouco ambicioso por ambientalistas, porque não incluía a meta de reduzir as emissões entre 20% e 30% até 2020, o que acabou se tornando obrigatório.

Entretanto, os países teriam adotado um texto que não faz menção a um dos assuntos mais polêmicos: a retirada dos subsídios do mercado de carbono europeu a partir de 2013. A retirada foi concebida pela Comissão para aumentar o preço das emissões de CO2 e assim, conseguir cobrar um preço mais caro pela poluição.

Porém, as indústrias afirmam que é uma forma encoberta de forçá-las a realizar esforços maiores para redução de emissões em menor tempo, o que, segundo os empresários, poderia prejudicar a concorrência. (Fonte: Globo Natureza)


O mercado de carbono entre 06 e 13 de junho

17/06/2011

Em mais uma semana sem grandes movimentações, os preços do carbono na Europa continuaram na mesma faixa de € 16,7 para as permissões de emissão (EUAs, em inglês) para entrega em dezembro de 2013 e € 12,50 para as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) dez11.

Na segunda-feira (13) as EUAs para dezembro de 2011 caíram 1,2% para € 16,49/t na bolsa londrina ICE Futures, acumulando uma queda de 2,5% em junho.

Este momento de relativa estabilidade nos valores reflete a baixa atividade dos compradores, especialmente dos geradores de energia que ainda não iniciaram a cobertura às vendas de energia pós 2013. Geralmente as usinas vendem energia com três anos de antecedência e compram créditos de carbono e combustível ao mesmo tempo para garantir os lucros.

Com o período de férias de verão se aproximando na União Européia, analistas da Barclays Capital acreditam que os próximos meses podem seguir desta forma. A emissão de RCEs sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) na semana passada foi a maior desde janeiro, com 10,2 milhões de unidades.

Oceania

Na Austrália, o cenário para a introdução de um preço sobre o carbono é cada vez mais favorável. Na semana passada, um relatório da Comissão de Produtividade conclui que a precificação do carbono é a forma mais custo-efetiva de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Já nesta segunda-feira (13), em uma pesquisa global com um grupo de 90 investidores que detem e gerenciam cerca de US$ 12 trilhões, os australianos disseram estar ansiosos para lidar com questões climáticas em seus investimentos, porém que as incertezas políticas eram um impedimento.

Os analistas da Barclays Capital esperam que já a partir de 2012 a Austrália tenha implantado um preço entre A$ 18-25 sobre a tonelada de carbono emitido, como uma medida transitória, e que em 2015 entre em vigor o esquema de ‘cap and trade’.

“Isto representa uma das melhores fontes de demanda por RCEs pós-2012 que já foi sugerida”, comentou a BarCap se referindo a busca por RCEs nesta segunda fase após 2015. A minuta final do esquema australiano deve ser divulgada em julho.

Na Nova Zelândia, a semana também foi calma, com os preços das NZUs em uma média de NZ$ 19,85 em meio a volumes baixos. Mesmo com o término do prazo para cumprimento das metas de 2010 sob o esquema neozelandês, a demanda no mercado à vista continua baixa. Entretanto, foi notado um aumento no interesse por contratos futuros, tanto do lado dos compradores quanto dos vendedores, segundo análises da OMFinancial.


GSS Serviço: Conheça o Mercado de Carbono

14/06/2011

A GSS atua no desenvolvimento e gerenciamento completo de projetos de geração de créditos de carbono tanto no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) quanto em Mercados Voluntários (VCS, VERs+, Gold Standard, CCB, etc.).

Auxiliamos empresas de todos os setores a identificar e avaliar oportunidades de geração de créditos de carbono, e posteriormente acompanhamos durante todo o Ciclo de Projeto até a sua comercialização.

Fases de atuação da GSS:

  • Identificação de projetos de redução de emissões
  • Desenvolvimento do Estudo de Viabilidade
  • Elaboração do PIN – Project Idea Note, na sigla em inglês, documento este que resume as informações de um futuro projeto
  • Desenvolvimento de Documento de Concepção do Projeto (DCP/PDD)
  • Acompanhamento local para a consulta a partes interessadas (Stakeholders)
  • Desenvolvimento de estratégia de sustentabilidade dos créditos de carbono
  • Acompanhamento da validação do DCP pela Entidade Operacional Designada (EOD)
  • Acompanhamento da aprovação pela Autoridade Nacional Designada (CIMGC – Comissão Interministerial de Mudanças Globais do Clima)
  • Registro do projeto na Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC)
  • Acompanhamento durante o Monitoramento e Verificação anual do projeto
  • Acompanhamento do processo de emissão dos RCEs/CERs (Certified Emissions Reductions)
  • Comercialização dos Créditos de Carbono

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é o mecanismo por meio do qual os países em desenvolvimento participam do Protocolo de Quioto. Através da implantação de atividades de projeto que reduzem os níveis de emissões de GEE, gerando Reduções Certificadas de Emissões (RCEs/CERs). As RCEs são utilizadas/compradas por países que possuem metas de redução para cumprirem suas cotas de emissões.

O MDL possui os objetivos de incentivar investimento estrangeiro direto, transferência de tecnologia e matrizes energéticas (mais) limpas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Os projetos de redução de emissões incluem:

  • Energias Renováveis (Térmica a biomassa renovável, hidroeletricidade, eólica e eficiência energética)
  • Processos Industriais (eficiência energética e reaproveitamento de gases residuais)
  • Troca de combustíveis (uso de gás natural ou biomassa renovável)
  • Estações de Tratamento de Efluentes
  • Aterros Sanitários
  • Cogeração (usinas sucro-alcooleiras)
  • Reflorestamento

Mercado Voluntário

O Mercado Voluntário, assim como é denominado, é um mercado que corre paralelo ao mercado de Quioto. Diferentemente do Mercado de Quito, que é regido pelas Nações Unidas, o mercado voluntário tem o seu ciclo diferenciado e é regido pelo próprio mercado, que é sustentado por vários Standards (VCS, VERs+, SCC, Vivo, entre outros) e sistemas de registros.

Os compradores não podem utilizar os seus créditos (VERs Verified Emissions Reductions) para compensar as metas de Quioto. Por este motivo, ele é muito utilizado para a compensação coorporativas, de produtos, eventos ou atividades. Neste mercado os compradores procuram projetos locais ou em países em desenvolvimento, fortes atributos sustentáveis e sociais. Tendo esses atributos os compradores pagam um significante prêmio pelas reduções de emissões, pois trazem uma visibilidade para o comprador, apresentando projetos de desenvolvimento sustentável.

A demanda por este tipo de crédito vem crescendo exponencialmente por causa da grande atenção mundial para o aquecimento global e a aceitação, pelos diversos setores, da necessidade de ações em relação ao clima.

As regras deste mercado são estabelecidas de acordo com o standard utilizado. A maioria dos Standards utilizam as metodologias e ferramentas aprovadas no MDL, no intuito de garantir compensações confiáveis. Apesar da grande semelhança, os dois mercados continuam separados com diferentes expectativas de preço e de crescimento. O escopo de projetos no Mercado Voluntário é o mesmo do MDL.

Você tem o interesse de analisar se o seu projeto tem viabilidade para geração de créditos de carbono? Entre em contato com a GSS pelo e-mail info@gssconsult.com ou pelo site www.gssconsult.com .

 


O mercado de carbono entre 30 de maio e 6 de junho

09/06/2011

Os valores do carbono no mercado europeu fecharam a semana passada no mesmo nível da semana anterior. As permissões de emissão da União Européia (EUAs) para entrega em dezembro de 2011 ficaram em € 16,83/t e as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) dez11 estavam sendo negociadas entre € 12,5/t e 13/t. O nível de emissão de RCEs foi alto, com 5,6 milhões de toneladas emitidas.

Na segunda-feira (06) as EUAs dez11 caíram para € 16,69 na Bolsa Européia do Clima em meio a valores mais fracos no complexo energético e a perspectiva de aumento da oferta de créditos esta semana com o leilão de permissões de emissão no Reino Unido e Alemanha, segundo a Point Carbon.

Na semana passada a cidade de Barcelona foi palco do maior evento global do mercado de carbono, reunindo especialistas desde traders até representantes governamentais que expressaram a sua preocupação com o impasse internacional na tentativa de se achar uma solução conjunta para a redução das emissões de gases do efeito estufa.

O mercado compulsório de carbono pode estar estagnado e o futuro dos projetos de tecnologias de baixo carbono em países em desenvolvimento tomado de incertezas, conforme demonstra o novo relatório do Banco Mundial, porém o cenário político internacional está pegando fogo.

A discórdia entre a abordagem defendida pelos países em desenvolvimento e desenvolvidos sobre um novo acordo climático internacional é um fato já notório, mas também deve-se ressaltar que a questão das mudanças climáticas permeia de forma incisiva os debates domésticos das mais variadas formas.

Na Austrália, protestos durante o último final de semana demonstraram o apoio da população à proposta do governo de aplicar uma taxa de carbono sobre o setor industrial. Segundo a mídia, cerca de 40 mil pessoas participaram dos protestos ao redor do país como parte da segunda fase da campanha ‘Say Yes’ (Diga Sim).

O setor global de aviação também está envolvido nas discussões internacionais já que a União Européia pretende inserir a indústria em seu esquema de comércio de emissões a partir de 2012.

As companhias aéreas chinesas se opõem à medida e já estão considerando o controle doméstico das emissões buscando isenção do sistema europeu. Nos Estados Unidos, as empresas do setor entraram na justiça contra a sua inclusão e o caso deve ser ouvido nas próximas semanas.

Segundo análises da Barclays Capital, a oposição do setor de aviação é baseada nos mesmos motivos financeiros que os outros setores indústrias, porém apenas cerca de 20% das permissões de emissão terão que ser compradas pelo setor em 2012, o restante será alocado gratuitamente.

O segmento florestal do mercado voluntário de carbono também está sendo considerado como uma área interessante a se focar. Divulgado também na semana passada pelo Ecosystem Marketplace, o relatório anual sobre o mercado voluntário de carbono demonstrou sinais que o interesse sobre os projetos florestais tende a crescer mais ainda, tendo encabeçado grande parte das transações.

Os participantes do mercado estão “claramente encorajados” pelo progresso no cenário do carbono florestal nas discussões das Nações Unidas, no esquema de Califórnia e com o lançamento de novas metodologias para o mercado voluntário, ressalta o Ecossystem Marketplace em sua Forest Carbon News.