Gado alimentado com alho emite até 40% menos metano

09/08/2011

 

Você já pensou que o alho poderia ser uma ferramenta para ajudar a mitigar as emissões de gases do efeito estufa (GEEs)?

Pois cientistas da Universidade do Oeste do País de Gales indicam que vacas alimentadas com alho liberam menos metano, um dos principais GEEs, e que é 21 vezes mais potente do que o dióxido de carbono quando se trata do efeito estufa.

De acordo com Jamie Newbold, professor que lidera o estudo, há uma substância no alho, chamada de Alicina, que reduz a produção de metano nas vacas durante a fermentação do alimento, durante a digestão. A pesquisa também está sendo realizada com outros tipos de gado, como as ovelhas.

“O alho ataca diretamente os organismos do intestino que produzem metano”, declarou Newbold em 2007, no início dos estudos. Com isso, a liberação de metano pelos animais é reduzida em aproximadamente 40% em relação à fermentação digestiva normal, sem esse composto.

A descoberta pode até parecer brincadeira, mas especialistas alegam que o gado é responsável por boa parte da emissão de GEEs no setor da agropecuária, e por isso, alimentar os animais com ração enriquecida com Alicina poderia ser um modo de combater as mudanças climáticas. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, o metano produzido pelas vacas chega a cerca de 3% do total das emissões de GEEs.

O problema é que, segundo as pesquisas, esse componente modifica o sabor dos laticínios. Por isso, os pesquisadores estão fazendo experiências com outros tipos de substância do alho que possam ter o mesmo efeito, mas que não contaminem o gosto dos produtos (Instituto Carbono Brasil).


Fundo de Mudança do Clima vai financiar projetos de transporte público com combustível limpo nas cidades da Copa

27/07/2011

As cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 terão projetos de mobilidade urbana ambientalmente sustentáveis privilegiados pelo Ministério do Meio Ambiente com financiamento do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A pasta vai dispor, a partir de agosto, de R$ 200 milhões em empréstimos reembolsáveis para o desenvolvimento de iniciativas na área.

A informação foi dada nesta terça-feira (26) pelo secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do ministério, Eduardo Assad, durante o Seminário de Tecnologias Sustentáveis, no Rio. Segundo ele, a principal meta é iniciar uma renovação no sistema de transporte público feito por ônibus, principalmente na capital fluminense, que também sediará os Jogos Olímpicos de 2016.

“Junto com as prefeituras, promoveremos não a mudança total da frota de ônibus, mas vamos começar a incentivar essa mudança, escolhendo para cada capital o que há de melhor”, explicou.

O secretário disse que o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conta com R$ 230 milhões, dos quais R$ 30 milhões não são reembolsáveis e foram destinados a pesquisas e ao sistema de alerta contra catástrofes naturais. O restante, a partir da aprovação do Banco Central, será oferecido em várias linhas.

Segundo Assad, o fundo vai financiar tecnologias “prontas”, como é o caso dos ônibus movidos a etanol. “É uma tecnologia que a indústria pode entregar e os preços estão bons.” O secretário não descartou a possibilidade do financiamento da tecnologia do ônibus a hidrogênio. “Desde que o preço seja atrativo”, ressaltou.

Ele também incluiu na lista os ônibus híbridos (movidos a diesel e energia elétrica ou a diesel e etanol), que ainda estão sendo testados no país. “Na hora que a tecnologia estiver pronta, temos linha de financiamento, desde que [o projeto] seja economicamente viável”, acrescentou.

Investir em ônibus que utilizem cada vez menos combustíveis oriundos do petróleo é a principal alternativa para reduzir a emissão de gases do efeito estufa nas cidades. Segundo o professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Márcio D’Agosto, o transporte é o maior responsável pelas emissões nas áreas urbanas.

“A principal vantagem é a redução de poluentes ambientais. A pessoa está na Avenida Rio Branco [principal via do centro do Rio] e está respirando aquele ar cheio de partículas. Imagine como fica o pulmão do guarda de trânsito e do gari, que passam o dia inteiro ali. Precisamos de alternativas”, afirmou D’Agosto. O pesquisador coordena testes do primeiro ônibus flex urbano movido a gás e diesel, cuja tecnologia foi desenvolvida pela Bosch e pela MAN Latin America.

Para acessar o dinheiro do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, as prefeituras precisam associar-se às empresas do setor. (Fonte: Isabela Vieira/ Agência Brasil)


Setor aéreo testa combustíveis mais verdes, afim de reduzir suas emissões

21/07/2011

A busca por combustíveis mais sustentáveis chegou à aviação. A necessidade de reduzir os gases-estufa do setor aéreo, que corresponde a 2% das emissões globais, leva empresas de aviação, fabricantes de aviões e centros de pesquisas a uma corrida tecnológica para desenvolver biocombustíveis que possam substituir, ao menos em parte, o querosene derivado do petróleo.

O Brasil já concentra várias frentes de pesquisa, e a expectativa é de que em cinco anos os primeiros biocombustíveis para aviação estejam prontos para serem produzidos. Em uma década, serão uma alternativa viável para o abastecimento de aviões.

“Vários estudos são realizados paralelamente em todo o mundo, com diversas rotas tecnológicas. O biocombustível para aviação será uma realidade em dez anos”, diz Guilherme Freire, diretor de estratégias e tecnologias para meio ambiente da Embraer. A fabricante de aviões faz parte de uma aliança para testar os biocombustíveis em seus aviões, com a companhia aérea Azul, a fabricante de equipamentos GE e a Amyris, empresa de biotecnologia. O primeiro voo teste deve ocorrer no primeiro semestre de 2012.

“O objetivo é acelerar a introdução de um combustível renovável, capaz de reduzir significativamente as emissões de gases-estufa e uma alternativa sustentável de longo prazo”, diz Freire, também presidente da Aliança Brasileira Para Biocombustíveis de Aviação (Abraba). A pesquisa utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção do bioquerosene, um “etanol” para aviões.

Segundo Freire, essas pesquisas se justificam porque a aviação é um setor em expansão em todo o mundo e as emissões de gases-estufa tendem a crescer, ao mesmo tempo em que governos começam a taxar empresas pelas emissões. Em razão disso, o setor de aviação estabeleceu a meta de reduzir em 50% as emissões da indústria até 2050, em relação ao ano de 2005 (Fonte:o Estado de Sao Paulo).

 


O mercado de carbono entre 11 e 18 de julho

20/07/2011

O mercado europeu de carbono continua sob pressão significativa, tendo caído 20% em um mês devido às preocupações sobre a crise na zona do euro que desencadeou uma onda de vendas ao longo dos mercados de commodities.

Alguns episódios de recuperação nos preços do carbono europeu ao longo da semana passada, como na terça e quinta-feira, foram concretizados devido a atividades especulativas e sinais técnicos otimistas face a venda de 1,5 milhões de permissões em um leilão realizado pela Grécia. Este leilão arrecadou € 17,9 milhões para o governo com a venda de 1,5 milhões de EUAs por € 11,91.

Na sexta-feira os preços se firmaram em € 12,43, uma redução de 2% em relação à semana anterior, apesar dos volumes pequenos contidos pelas expectativas de um encontro de ministros da zona do euro durante o final de semana.

“Apesar de haver uma oferta demasiada de EUAs no esquema europeu, nem tudo tem a ver com o carbono. Há também influência da zona do euro como um todo e questionamentos sobre a sua capacidade de se manter unida face à pressão de países fracos como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha”, comentou o analista da OMFinancial Nigel Brunel.

O especialista espera que a situação volátil deva continuar a assombrar o mercado europeu ainda por algum tempo e que os preços podem até mesmo cair um tanto mais.

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) para entrega em dezembro de 2011 caíram abaixo dos € 10 por alguns dias até fecharem a sexta-feira em € 10, em baixa de 4%.

O spread entre as EUAs e RCEs dez11 está agora em € 2,43/t e nos contratos dez12 em € 2,9/t. Análises da Barclays Capital indicam que ao passo que os créditos HFC-23 e N2O se tornam cada vez mais DISTRESSED, o spread entre as EUAs e RCEs deve aumentar.

O Comitê Executivo do MDL realizou uma reunião onde esperava-se uma decisão sobre a redução da quantidade de créditos de carbono expedida para projetos de carvão ditos ‘eficientes’, porém a reunião se concentrou em resoluções sobre o acesso de países pobres às finanças do carbono e não atendeu às expectativas de grupos ambientalistas de lidar com a controversa metodologia.

No mercado neo-zelandês NZUs agora estão sendo negociadas na baixa de NZ$ 17 (mais informações), com os compradores preferindo adquirir RCEs e os vendedores se desfazendo das NZUs. As RCEs para dezembro de 2011 estão sendo negociadas em torno de NZ$16,77 no mercado neo-zelandês, sendo a primeira vez que as compensações da ONU são transacionadas em um valor inferior às NZUs.

Estados Unidos

Os créditos de compensação das emissões negociados na Califórnia aumentaram levemente esta semana, com lances de US$ 10,75/t, segundo a Point Carbon.

A Green Exchange LLC anunciou ontem detalhes sobre os contratos futuros para negociação de permissões de carbono da Califórnia (CCA – California Carbon Allowance), que servirão como uma ferramenta de cumprimento e gerenciamento de riscos para os participantes esquema californiano de comércio de emissões.

O mercado do Estado deve se tornar o maior da América do Norte, visando cortar as emissões aos níveis de 1990 até 2020. O programa será introduzido em 2012, com o primeiro período compulsório entre 2013 e 2014, e abrange cerca de 85% das emissões de gases do efeito estufa da Califórnia.


China inicia mercado de emissões de CO2 em caráter experimental

19/07/2011

A China, o maior emissor de dióxido de carbono do mundo, lançará um programa experimental para estabelecer um mercado de emissões de CO2 e reduzir os gases poluentes em sua luta contra a mudança climática, destacou a agência oficial Xinhua.

O plano, apresentado pelo vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, inclui um aumento da diferença de tarifas entre as indústrias de alto consumo energético e o resto, assim como vantagens fiscais a projetos de conservação energética.

Além disso, haverá incentivos às companhias financeiras chinesas para que invistam em novas energias, em um país que já lidera mundialmente o investimento em renováveis.

O governo chinês fixou a meta entre 8% e 10% de suas emissões de poluentes na meia década 2011-2015, segundo assinalou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em sua apresentação do 12º Plano Quinquenal para esse período, no mês passado de março.

Ao mesmo tempo, a segunda maior economia mundial fixa como meta aumentar para 11,4% o uso de combustíveis não fósseis como fontes de energia (embora carvão e petróleo continuem predominando) e reduzir em 17% a intensidade de carbono (emissões de CO2 divididas pelo PIB).

O país asiático descuidou a proteção ambiental durante décadas em benefício do crescimento econômico, por isso que o país apresenta uma severa degradação de seu ecossistema.

No entanto, a conscientização perante estes problemas também aumentou no seio do regime, à medida que sua população mostrou seu descontentamento com catástrofes ambientais, problemas de segurança alimentar derivados e outros conflitos relacionados. (Fonte: Folha.com)


UE vota nesta semana plano para reduzir emissões em 95% até 2050

21/06/2011

Os ministros europeus do Meio Ambiente vão votar pela primeira vez nesta terça-feira (21), em Luxemburgo, a estratégia comunitária para reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 80% e 95% até 2050, índice proposto pela Comissão Europeia em março.

O plano executivo da União Europeia apresentado anteriormente era então considerado pouco ambicioso por ambientalistas, porque não incluía a meta de reduzir as emissões entre 20% e 30% até 2020, o que acabou se tornando obrigatório.

Entretanto, os países teriam adotado um texto que não faz menção a um dos assuntos mais polêmicos: a retirada dos subsídios do mercado de carbono europeu a partir de 2013. A retirada foi concebida pela Comissão para aumentar o preço das emissões de CO2 e assim, conseguir cobrar um preço mais caro pela poluição.

Porém, as indústrias afirmam que é uma forma encoberta de forçá-las a realizar esforços maiores para redução de emissões em menor tempo, o que, segundo os empresários, poderia prejudicar a concorrência. (Fonte: Globo Natureza)


O mercado de carbono entre 06 e 13 de junho

17/06/2011

Em mais uma semana sem grandes movimentações, os preços do carbono na Europa continuaram na mesma faixa de € 16,7 para as permissões de emissão (EUAs, em inglês) para entrega em dezembro de 2013 e € 12,50 para as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) dez11.

Na segunda-feira (13) as EUAs para dezembro de 2011 caíram 1,2% para € 16,49/t na bolsa londrina ICE Futures, acumulando uma queda de 2,5% em junho.

Este momento de relativa estabilidade nos valores reflete a baixa atividade dos compradores, especialmente dos geradores de energia que ainda não iniciaram a cobertura às vendas de energia pós 2013. Geralmente as usinas vendem energia com três anos de antecedência e compram créditos de carbono e combustível ao mesmo tempo para garantir os lucros.

Com o período de férias de verão se aproximando na União Européia, analistas da Barclays Capital acreditam que os próximos meses podem seguir desta forma. A emissão de RCEs sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) na semana passada foi a maior desde janeiro, com 10,2 milhões de unidades.

Oceania

Na Austrália, o cenário para a introdução de um preço sobre o carbono é cada vez mais favorável. Na semana passada, um relatório da Comissão de Produtividade conclui que a precificação do carbono é a forma mais custo-efetiva de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Já nesta segunda-feira (13), em uma pesquisa global com um grupo de 90 investidores que detem e gerenciam cerca de US$ 12 trilhões, os australianos disseram estar ansiosos para lidar com questões climáticas em seus investimentos, porém que as incertezas políticas eram um impedimento.

Os analistas da Barclays Capital esperam que já a partir de 2012 a Austrália tenha implantado um preço entre A$ 18-25 sobre a tonelada de carbono emitido, como uma medida transitória, e que em 2015 entre em vigor o esquema de ‘cap and trade’.

“Isto representa uma das melhores fontes de demanda por RCEs pós-2012 que já foi sugerida”, comentou a BarCap se referindo a busca por RCEs nesta segunda fase após 2015. A minuta final do esquema australiano deve ser divulgada em julho.

Na Nova Zelândia, a semana também foi calma, com os preços das NZUs em uma média de NZ$ 19,85 em meio a volumes baixos. Mesmo com o término do prazo para cumprimento das metas de 2010 sob o esquema neozelandês, a demanda no mercado à vista continua baixa. Entretanto, foi notado um aumento no interesse por contratos futuros, tanto do lado dos compradores quanto dos vendedores, segundo análises da OMFinancial.


GSS Serviço: Conheça o Mercado de Carbono

14/06/2011

A GSS atua no desenvolvimento e gerenciamento completo de projetos de geração de créditos de carbono tanto no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) quanto em Mercados Voluntários (VCS, VERs+, Gold Standard, CCB, etc.).

Auxiliamos empresas de todos os setores a identificar e avaliar oportunidades de geração de créditos de carbono, e posteriormente acompanhamos durante todo o Ciclo de Projeto até a sua comercialização.

Fases de atuação da GSS:

  • Identificação de projetos de redução de emissões
  • Desenvolvimento do Estudo de Viabilidade
  • Elaboração do PIN – Project Idea Note, na sigla em inglês, documento este que resume as informações de um futuro projeto
  • Desenvolvimento de Documento de Concepção do Projeto (DCP/PDD)
  • Acompanhamento local para a consulta a partes interessadas (Stakeholders)
  • Desenvolvimento de estratégia de sustentabilidade dos créditos de carbono
  • Acompanhamento da validação do DCP pela Entidade Operacional Designada (EOD)
  • Acompanhamento da aprovação pela Autoridade Nacional Designada (CIMGC – Comissão Interministerial de Mudanças Globais do Clima)
  • Registro do projeto na Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC)
  • Acompanhamento durante o Monitoramento e Verificação anual do projeto
  • Acompanhamento do processo de emissão dos RCEs/CERs (Certified Emissions Reductions)
  • Comercialização dos Créditos de Carbono

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é o mecanismo por meio do qual os países em desenvolvimento participam do Protocolo de Quioto. Através da implantação de atividades de projeto que reduzem os níveis de emissões de GEE, gerando Reduções Certificadas de Emissões (RCEs/CERs). As RCEs são utilizadas/compradas por países que possuem metas de redução para cumprirem suas cotas de emissões.

O MDL possui os objetivos de incentivar investimento estrangeiro direto, transferência de tecnologia e matrizes energéticas (mais) limpas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Os projetos de redução de emissões incluem:

  • Energias Renováveis (Térmica a biomassa renovável, hidroeletricidade, eólica e eficiência energética)
  • Processos Industriais (eficiência energética e reaproveitamento de gases residuais)
  • Troca de combustíveis (uso de gás natural ou biomassa renovável)
  • Estações de Tratamento de Efluentes
  • Aterros Sanitários
  • Cogeração (usinas sucro-alcooleiras)
  • Reflorestamento

Mercado Voluntário

O Mercado Voluntário, assim como é denominado, é um mercado que corre paralelo ao mercado de Quioto. Diferentemente do Mercado de Quito, que é regido pelas Nações Unidas, o mercado voluntário tem o seu ciclo diferenciado e é regido pelo próprio mercado, que é sustentado por vários Standards (VCS, VERs+, SCC, Vivo, entre outros) e sistemas de registros.

Os compradores não podem utilizar os seus créditos (VERs Verified Emissions Reductions) para compensar as metas de Quioto. Por este motivo, ele é muito utilizado para a compensação coorporativas, de produtos, eventos ou atividades. Neste mercado os compradores procuram projetos locais ou em países em desenvolvimento, fortes atributos sustentáveis e sociais. Tendo esses atributos os compradores pagam um significante prêmio pelas reduções de emissões, pois trazem uma visibilidade para o comprador, apresentando projetos de desenvolvimento sustentável.

A demanda por este tipo de crédito vem crescendo exponencialmente por causa da grande atenção mundial para o aquecimento global e a aceitação, pelos diversos setores, da necessidade de ações em relação ao clima.

As regras deste mercado são estabelecidas de acordo com o standard utilizado. A maioria dos Standards utilizam as metodologias e ferramentas aprovadas no MDL, no intuito de garantir compensações confiáveis. Apesar da grande semelhança, os dois mercados continuam separados com diferentes expectativas de preço e de crescimento. O escopo de projetos no Mercado Voluntário é o mesmo do MDL.

Você tem o interesse de analisar se o seu projeto tem viabilidade para geração de créditos de carbono? Entre em contato com a GSS pelo e-mail info@gssconsult.com ou pelo site www.gssconsult.com .

 


União libera cerca de R$230 milhões para Fundo Clima

08/06/2011

As constantes alterações climáticas do planeta não passam despercebidas pelo Governo Brasileiro. Prova disso é o orçamento de 2011 da União que reservou cerca de R$230 milhões para investimentos em projetos para geração de energias alternativas, mitigação e adequação às mudanças provocadas pela alteração do clima no planeta. Há projetos para todas as regiões do Brasil, mas alguns exclusivos, por exemplo, para áreas como o semiárido, populações vulneráveis ou regiões metropolitanas.

Nesta terça-feira (7), foi publicada, no Diário Oficial da União, a Portaria com os representantes de 21 de ministérios, órgãos de governos, agências financeiras oficiais, comunidade científica, órgãos empresariais urbanos e rurais, instituições representativas de trabalhadores e organizações não-governamentais que compõem o comitê gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

“A expectativa fica mais próxima com a nomeação dos representantes de instituições que vão compor o comitê gestor”, anuncia Estevan Del Prette, gerente do Fundo Clima.

Ele explica que nos próximos 30 dias começam a ser divulgados editais com as regras para acesso aos recursos do orçamento. Estarão disponíveis modelos na internet para projetos a serem financiados por créditos não-reembolsáveis.

Tratam-se de linhas de crédito a serem operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e MMA. O BNDES poderá operar os recursos reembolsáveis diretamente ou repassar para Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou Banco do Nordeste.

Do total, cerca de R$ 29 milhões serão recebidos pelo MMA do Tesouro para aplicação direta pelo MMA em políticas do Plano Nacional de Mudanças do Clima, com linhas de crédito não reembolsáveis.

A publicação torna oficial os trabalhos que já vêm sendo realizados pelas instituições que hoje compõem o comitê gestor, sob a coordenação do MMA, para a liberação de linhas de crédito reembolsáveis e não-reembolsáveis, a serem tomadas por governos, empresas públicas ou privadas e organizações não-governamentais.

Os recursos do BNDES ainda dependem do próprio banco definir o plano operacional de cada uma das linhas de crédito.

Nos últimos meses, técnicos do MMA e da instituição financeira estiveram reunidos para a definição das cláusulas do contrato em que serão explícitos os detalhes das aplicações do dinheiro. (Fonte: Cristina Ávila/MMA)


Cúpula do clima começa na Alemanha com chance de progresso

07/06/2011

A secretária-executiva das Nações Unidas para mudanças climáticas, Christiana Figueres, afirmou nesta segunda-feira (6), na abertura da conferência de Bonn, na Alemanha, que os governos têm uma inevitável responsabilidade de fazer progressos para o clima neste ano, baseado no que ficou acordado durante a cúpula de Cancún, no México.

Durante a primeira conferência de imprensa, ela afirmou que as nações ‘acenderam um farol’ em Cancún para um mundo de baixas emissões.

“Eles (os países) se comprometeram a um aumento máximo na temperatura mundial de 2 ºC, com chances de manter a elevação em até 1,5 ºC. Agora, mais do que nunca, é fundamental que todos os esforços se mobilizem para este compromisso”.

Christiana relembrou ainda a preocupação quanto ao índice recorde de emissões de 2010, divulgados na semana passada pela Agência Internacional de Energia e advertiu os negociadores. Ela ainda cobrou agilidade na reunião de Bonn, afirmando que existe uma agenda muito ambiciosa e que os países ‘tem altas expectativas para alcançar progressos significativos’.

Participam do encontro cerca de 3.000 pessoas de 183 países. É uma das últimas reuniões entre os negociadores climáticos antes da conferência de Durban, na África do Sul, que tem o objetivo de concluir um acordo substituto ao Protocolo de Kyoto para redução de emissões. A reunião da ONU na Alemanha seguirá até o próximo dia 17. (Fonte: Globo Natureza)