Prejuízo econômico do carbono pode chegar a US$ 893/tCO2

26/07/2011

Novos estudos indicam que Custo Social do Carbono é entre 10 e 45 vezes maior do que o calculado atualmente

Imagine se um país como os Estados Unidos, que emite cerca de seis bilhões de toneladas de CO2 anualmente, pudesse economizar US$ 5,3 trilhões apenas cortando as emissões de carbono. Parece muito? Pois segundo uma nova pesquisa divulgada pela rede Economia e Equidade pelo Meio Ambiente (E3 em inglês), os gastos do governo norte-americano poderiam ser contidos em um terço do seu rendimento se as emissões de CO2 fossem reduzidas.

O relatório, intitulado Riscos Climáticos e Preços de Carbono: Revisitando o Custo Social do Carbono, sugere que o atual valor de US$21 por tonelada de CO2 utilizado pelo governo dos EUA para calcular o Custo Social do Carbono (CSC), ou seja, os prejuízos econômicos causados pela emissão de carbono na atmosfera, é muito baixo.

De acordo com o documento, lançado na última semana, essa quantia chegou a US$ 893 por tonelada de CO2 em 2010, ou quase 45 vezes mais do que o valor corrente, e pode alcançar US$ 1.550 em 2050, muito acima das estimativas governamentais.

“Agora que sabemos o quanto poderemos acabar pagando para suportar os impactos das mudanças climáticas, investir na redução das nossas emissões é claramente a opção prudente. É a diferença entre revisar o seu carro, ou esperar que ele quebre na estrada”, enfatizou Frank Ackerman, economista do Instituto Ambiental Estocolmo e um dos autores do relatório do E3.

Conforme o estudo, “é inequivocamente menos caro reduzir as emissões de gases do efeito estufa do que sofrer os danos climáticos. […] Enquanto houver um risco credível de que o CSC, ou os danos de toneladas de emissões, possam estar acima do custo da redução máxima possível, então vale a pena fazer tudo o que podemos para reduzir as emissões”.

Além dessa pesquisa, outro relatório publicado na mesma semana reforça as descobertas da E3. O documento, intitulado Mais do que os olhos podem ver: o Custo Social do Carbono na Política Climática dos EUA, foi desenvolvido pelo Instituto de Direito Ambiental (ELI em inglês) e pelo Instituto de Recursos Mundiais (WRI em inglês).

Embora esse estudo não quantifique os reais custos sociais do carbono, ele aponta que o atual modelo de estimativa do CSC simplifica demasiadamente as suposições sobre as mudanças climáticas e não considera os custos das mitigações futuras, subestimando os verdadeiros custos.

“Nossa preocupação significativa é a falta de transparência inerente aos modelos usados para estimar o custo social do carbono. Alguns dos modelos são opacos, e provavelmente poucos criadores de políticas entendem as simplificações e suposições dramáticas embutidas neles. Há muito espaço para debater se essas ferramentas estão prontas para o uso na formulação de políticas”, declarou Scott Schang, vice-presidente do ELI para o Clima e Sustentabilidade.

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Protocolo de Montreal deve aprovar pleito brasileiro

25/07/2011

Uma equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente estará na próxima semana em Montreal (Canadá), onde será decidido o repasse de US$ 20 milhões necessários para iniciar a execução do Programa Brasileiro de Eliminação de Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) – composto que traz prejuízos à camada de ozônio, contribui para o efeito estufa e é amplamente utilizado em equipamentos de refrigeração.

“Tivemos a aprovação do nosso pleito pela Secretaria do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, que o recomendou ao Comitê Executivo”, conta a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio, no MMA, Magna Luduvice. O ministério recebeu o comunicado no último dia 7, e sua negociação começou em 4 de abril. O Comitê Executivo se reunirá entre os dias 25 e 29 de julho.

O Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs começou a ser desenvolvido em março de 2009 e foi concluído em janeiro deste ano, depois de consultas públicas e com a participação do setor privado.

Magna Luduvice explica que os recursos do fundo devem ser aplicados em sua primeira fase, entre 2011 e 2015, para a eliminação dos HCFCs na fabricação das espumas usadas nos equipamentos de refrigeração.

O dinheiro, não reembolsável, servirá para a conversão da tecnologia de empresas nacionais. A estimativa é que outros US$ 14 milhões deverão ser investidos por multinacionais que atuam no Brasil, e que deverão bancar sua própria conversão.

“As decisões têm de ser acertadas pelos governos, para se eliminarem os gases prejudiciais à camada de ozônio e também de efeito estufa”, diz Anderson Alves, assessor de Projetos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil).

A instituição facilita as negociações do governo brasileiro junto ao Fundo Multilateral, e ainda contribui, por exemplo, com a contratação de profissionais, repasse de recursos e transferência de tecnologia para que o País alcance os resultados almejados.

Efeito estufa – Magna Luduvice cita outro momento importante dos encontros que ocorrerão no Canadá: “Os países vão discutir a emenda apresentada pelo Canadá, Estados Unidos, Austrália e Micronésia para a redução de outro composto, os hidrofluorcarbonos (HFC)”. A coordenadora explica que apesar dos HFCs não serem prejudiciais à camada de ozônio, a proposta é que sejam também controlados pelo Protocolo de Montreal por serem substâncias alternativas aos HCFCs. (Fonte: Cristina Ávila/ MMA)


MMA seleciona projetos na Mata Atlântica até 30 de julho

22/07/2011

Está aberta a Chamada Pública para seleção de projetos voltados para promoção das cadeias de produtos da sociobiodiversidade. Serão investidos R$ 640 mil em iniciativas de pesquisa e diretrizes para manejo sustentável do fruto da juçara, erva-mate e pinhão e de promoção da cadeia de valor do pinhão no centro-sul do estado do Paraná e região metropolitana de Curitiba.

Poderão participar organizações sem fins lucrativos, com mais de 12 meses de existência legal. O edital está disponível no endereço http://www.mma.gov.br/pda e as propostas devem ser enviadas até o dia 30 de julho de 2011.

Os temas que serão financiados inserem-se nas ações de implementação do Plano Nacional para Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), coordenado conjuntamente pelos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e pela Conab.

A chamada é do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA), do Ministério do Meio Ambiente, que incentiva a experimentação de tecnologias sustentáveis, do fortalecimento da organização social e do gerenciamento de ações que conciliem a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento econômico e social com vistas à melhoria da qualidade de vida. (Fonte: Carlos Américo/ MMA)


Setor aéreo testa combustíveis mais verdes, afim de reduzir suas emissões

21/07/2011

A busca por combustíveis mais sustentáveis chegou à aviação. A necessidade de reduzir os gases-estufa do setor aéreo, que corresponde a 2% das emissões globais, leva empresas de aviação, fabricantes de aviões e centros de pesquisas a uma corrida tecnológica para desenvolver biocombustíveis que possam substituir, ao menos em parte, o querosene derivado do petróleo.

O Brasil já concentra várias frentes de pesquisa, e a expectativa é de que em cinco anos os primeiros biocombustíveis para aviação estejam prontos para serem produzidos. Em uma década, serão uma alternativa viável para o abastecimento de aviões.

“Vários estudos são realizados paralelamente em todo o mundo, com diversas rotas tecnológicas. O biocombustível para aviação será uma realidade em dez anos”, diz Guilherme Freire, diretor de estratégias e tecnologias para meio ambiente da Embraer. A fabricante de aviões faz parte de uma aliança para testar os biocombustíveis em seus aviões, com a companhia aérea Azul, a fabricante de equipamentos GE e a Amyris, empresa de biotecnologia. O primeiro voo teste deve ocorrer no primeiro semestre de 2012.

“O objetivo é acelerar a introdução de um combustível renovável, capaz de reduzir significativamente as emissões de gases-estufa e uma alternativa sustentável de longo prazo”, diz Freire, também presidente da Aliança Brasileira Para Biocombustíveis de Aviação (Abraba). A pesquisa utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção do bioquerosene, um “etanol” para aviões.

Segundo Freire, essas pesquisas se justificam porque a aviação é um setor em expansão em todo o mundo e as emissões de gases-estufa tendem a crescer, ao mesmo tempo em que governos começam a taxar empresas pelas emissões. Em razão disso, o setor de aviação estabeleceu a meta de reduzir em 50% as emissões da indústria até 2050, em relação ao ano de 2005 (Fonte:o Estado de Sao Paulo).

 


O mercado de carbono entre 11 e 18 de julho

20/07/2011

O mercado europeu de carbono continua sob pressão significativa, tendo caído 20% em um mês devido às preocupações sobre a crise na zona do euro que desencadeou uma onda de vendas ao longo dos mercados de commodities.

Alguns episódios de recuperação nos preços do carbono europeu ao longo da semana passada, como na terça e quinta-feira, foram concretizados devido a atividades especulativas e sinais técnicos otimistas face a venda de 1,5 milhões de permissões em um leilão realizado pela Grécia. Este leilão arrecadou € 17,9 milhões para o governo com a venda de 1,5 milhões de EUAs por € 11,91.

Na sexta-feira os preços se firmaram em € 12,43, uma redução de 2% em relação à semana anterior, apesar dos volumes pequenos contidos pelas expectativas de um encontro de ministros da zona do euro durante o final de semana.

“Apesar de haver uma oferta demasiada de EUAs no esquema europeu, nem tudo tem a ver com o carbono. Há também influência da zona do euro como um todo e questionamentos sobre a sua capacidade de se manter unida face à pressão de países fracos como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha”, comentou o analista da OMFinancial Nigel Brunel.

O especialista espera que a situação volátil deva continuar a assombrar o mercado europeu ainda por algum tempo e que os preços podem até mesmo cair um tanto mais.

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) para entrega em dezembro de 2011 caíram abaixo dos € 10 por alguns dias até fecharem a sexta-feira em € 10, em baixa de 4%.

O spread entre as EUAs e RCEs dez11 está agora em € 2,43/t e nos contratos dez12 em € 2,9/t. Análises da Barclays Capital indicam que ao passo que os créditos HFC-23 e N2O se tornam cada vez mais DISTRESSED, o spread entre as EUAs e RCEs deve aumentar.

O Comitê Executivo do MDL realizou uma reunião onde esperava-se uma decisão sobre a redução da quantidade de créditos de carbono expedida para projetos de carvão ditos ‘eficientes’, porém a reunião se concentrou em resoluções sobre o acesso de países pobres às finanças do carbono e não atendeu às expectativas de grupos ambientalistas de lidar com a controversa metodologia.

No mercado neo-zelandês NZUs agora estão sendo negociadas na baixa de NZ$ 17 (mais informações), com os compradores preferindo adquirir RCEs e os vendedores se desfazendo das NZUs. As RCEs para dezembro de 2011 estão sendo negociadas em torno de NZ$16,77 no mercado neo-zelandês, sendo a primeira vez que as compensações da ONU são transacionadas em um valor inferior às NZUs.

Estados Unidos

Os créditos de compensação das emissões negociados na Califórnia aumentaram levemente esta semana, com lances de US$ 10,75/t, segundo a Point Carbon.

A Green Exchange LLC anunciou ontem detalhes sobre os contratos futuros para negociação de permissões de carbono da Califórnia (CCA – California Carbon Allowance), que servirão como uma ferramenta de cumprimento e gerenciamento de riscos para os participantes esquema californiano de comércio de emissões.

O mercado do Estado deve se tornar o maior da América do Norte, visando cortar as emissões aos níveis de 1990 até 2020. O programa será introduzido em 2012, com o primeiro período compulsório entre 2013 e 2014, e abrange cerca de 85% das emissões de gases do efeito estufa da Califórnia.


China inicia mercado de emissões de CO2 em caráter experimental

19/07/2011

A China, o maior emissor de dióxido de carbono do mundo, lançará um programa experimental para estabelecer um mercado de emissões de CO2 e reduzir os gases poluentes em sua luta contra a mudança climática, destacou a agência oficial Xinhua.

O plano, apresentado pelo vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, inclui um aumento da diferença de tarifas entre as indústrias de alto consumo energético e o resto, assim como vantagens fiscais a projetos de conservação energética.

Além disso, haverá incentivos às companhias financeiras chinesas para que invistam em novas energias, em um país que já lidera mundialmente o investimento em renováveis.

O governo chinês fixou a meta entre 8% e 10% de suas emissões de poluentes na meia década 2011-2015, segundo assinalou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em sua apresentação do 12º Plano Quinquenal para esse período, no mês passado de março.

Ao mesmo tempo, a segunda maior economia mundial fixa como meta aumentar para 11,4% o uso de combustíveis não fósseis como fontes de energia (embora carvão e petróleo continuem predominando) e reduzir em 17% a intensidade de carbono (emissões de CO2 divididas pelo PIB).

O país asiático descuidou a proteção ambiental durante décadas em benefício do crescimento econômico, por isso que o país apresenta uma severa degradação de seu ecossistema.

No entanto, a conscientização perante estes problemas também aumentou no seio do regime, à medida que sua população mostrou seu descontentamento com catástrofes ambientais, problemas de segurança alimentar derivados e outros conflitos relacionados. (Fonte: Folha.com)


Conheça os equemas de comércio de carbono no mundo

18/07/2011

Companhias e governos em todo o mundo estão voltando-se para o comércio de emissões como uma arma para combater as mudanças climáticas e participar de um mercado global que foi avaliada em US$ 142 bilhões no ano passado.

Sob os esquemas cap-and-trade, companhias e países têm um limite de carbono. Se excedem o limite, podem comprar permissões dos outros. Podem também comprar créditos de carbono de projetos de fora que evitam as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), frequentemente de países emergentes.

Segue uma lista dos esquemas estabelecidos e propostos:

ESQUEMAS ESTABELECIDOS

1. Protocolo de Quioto

Lançamento: 2005.

Inclui: Todos os seis principais GEEs. Obrigatório para 37 nações desenvolvidas, excluindo os Estados Unidos, que nunca ratificou o pacto.

Meta: 5% em média nos cortes da primeira fase (2008-2012) em relação aos níveis de 1990.

Como funciona: Países desenvolvidos cortam GEEs internamente ou compram direitos de emissões de outra nação – se um país fica dentro de sua meta, pode vender a diferença para outro que emite demais. Ou podem comprar créditos de projetos de países emergentes sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) de Quioto.

A atual rodada do Protocolo de Quioto expira em 2012 e o futuro do esquema após esta data ainda é incerto, já que as negociações climáticas da ONU estão hesitantes.

2. Esquema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS)

Lançamento: 2005

Inclui: Cerca de metade de todas as emissões de carbono da UE. Obrigatório para todos os 27 membros da UE.

Meta: 21% nos cortes até 2020 em relação aos níveis de 2005.

Como funciona: Os estados-membros distribuem uma quota de permissões de emissões de carbono para 11mil instalações industriais. Agora, as companhias recebem a maioria das permissões de graça, mas muitas geradoras de eletricidade terão que pagar pelas permissões a partir de 2013.

As companhias podem comprar créditos de carbono de países emergentes se isso for mais barato do que cortar suas próprias emissões.

3. Esquema de Comércio de Emissões da Nova Zelândia

Lançamento: 1º de julho de 2010.

Inclui: Começou abrangendo apenas créditos florestais. Em julho de 2011 foram incluídas a geração de eletricidade, os processos industriais e a poluição dos transportes. Resíduos devem entrar em 2013 e a agricultura em 2015. Obrigatório.

Meta: O governo prometeu cortar as emissões de GEEs entre 10% e 20% até 2020 em relação aos níveis de 1990.

Como funciona: As unidades de emissão são distribuídas baseadas em uma média de produção de cada indústria. De 1º de julho de 2010 a 1º de janeiro de 2013, os emissores têm a opção de pagar um preço fixo de US$ 20,51 por tonelada métrica de carbono, e para cada duas unidades de emissões uma é grátis. Tal assistência será eliminada gradualmente.

4. Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa (RGGI) dos estados do nordeste dos EUA

Lançamento: Janeiro de 2009.

Inclui: Carbono de usinas de energia em dez estados no nordeste. Nova Jérsei vai se retirar no fim do ano. Concede créditos a cinco tipos diferentes de projetos de energia limpa, incluindo captura de metano em aterros e de estrume animal.

Meta: 10% de cortes até 2018 em relação aos níveis de 2009.

5. Japão: Esquema de Comércio Metropolitano de Tóquio

Lançamento: Abril de 2010.

Inclui: Cerca de 1400 dos principais emissores.

Como funciona: A cidade de Tóquio estabelece limites de emissões para grandes fábricas e empresas, a serem atingidos através da utilização de tecnologias como painéis solares e dispositivos avançados de economia de combustível.

Meta: O Japão visa cortar as emissões em 25% até 2020 em relação aos níveis de 1990.

As esperanças do governo de aprovar um projeto de lei que inclui um esquema de comércio nacional enfraqueceram depois que o acidente nuclear de Fukushima ocorreu.

O Japão também está promovendo um esquema de créditos bilateral através do apoio a projetos de redução de CO2 em nações emergentes.

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Brasil e Nicarágua firmam parcerias nas áreas de Desenvolvimento Sustentável e Bioenergia

15/07/2011

Os governos do Brasil e da Nicarágua desenvolverão projetos conjuntos nas áreas de bioenergia, carbonização vegetal e melhorias para a reposição de florestas em território nicaraguenses. Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Nicarágua, Samuel Santos López, assinaram nesta quinta-feira (14) os acordos de parceria.

Desde de 2006, o Brasil coopera na área técnica no setor de energia com o país centro-americano, mas hoje foram firmados acordos complementares. Um deles se refere à assessoria técnica na promoção de bioenergia para o desenvolvimento sustentável e o estímulo desta alternativa no país. A parceria conta com o apoio da Universidade Federal de Viçosa e Rede Nacional de Biomassa para a Energia (Renabio).

O segundo projeto se destina ao suporte técnico para melhoria de carbonização vegetal na Nicarágua. O objetivo é estimular o conhecimento e o acesso de novas metodologias e técnicas de produção, de criação de capacidades locais, de utilização de árvores não madeiráveis e de utilização de carvão vegetal na Nicarágua, que reduzam o risco de contaminação e levem à eficiência energética – no que referem à produtividade e ao rendimento.

O terceiro acordo se refere ao suporte técnico para produção e incentivos de habilidades para a modernização das medidas sobre sustentabilidade ecológica e eficiência energética. Participam como colaboradores a Universidade Federal de Viçosa e a Federação das Associações de Recuperação Florestal do Estado de São Paulo.

Com 5,6 milhões de habitantes, a economia da Nicarágua se baseia na agricultura e pecuária. O material vulcânico enriqueceu o solo do país tornando-o mais fértil. Os principais produtos comerciais agrícolas são: café, algodão e banana. Outros cultivos destacados são: cana de açúcar, milho, frutas, arroz, mandioca, sorgo e feijão. Há, ainda, depósitos de ouro, prata, sal e cobre. (Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)


Rio+20 poderá gerar órgão mundial destinado à preservação do meio ambiente

11/07/2011

Autoridades de países que são alvos de críticas internacionais por causa da forma como tratam a preservação ambiental e o estímulo à economia verde, deverão participar da Conferência Rio+20, de 28 de maio a 6 de junho de 2012, na área do porto do Rio de Janeiro. A expectativa, segundo os organizadores, é que a China, Índia e os Estados Unidos enviem emissários do primeiro escalão do governo para os debates. As discussões da cúpula poderão gerar a proposta de criação de um órgão específico internacional para a área ambiental.

O órgão, em estudo, ficará subordinado à Organização das Nações Unidas (ONU), como ocorre com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) – que será comandada pelo brasileiro José Graziano da Silva.

A ideia é que a sede do novo órgão, responsável pela área ambiental, seja na África. Atualmente só há uma agência da ONU para cuidar do tema, que é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cuja sede fica no Quênia. Criado em 1972, o programa tem o objetivo de fortalecer as ações mundiais de desenvolvimento sustentável.

As autoridades brasileiras e estrangeiras, porém, concluíram que é necessário ampliar os esforços em nível mundial, pois hoje não há uma definição universal sobre economia verde nem foram estabelecidos os instrumentos, aceitos de forma global, para o desenvolvimento sustentável. (Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)


GSS Música: Ouça o hit das mudanças climáticas!

08/07/2011

Cansados de ver tantos céticos que não são especialistas em clima ocupar espaço na mídia e prejudicar a já difícil luta para mitigar as mudanças climáticas, cientistas australianos resolveram deixar a timidez de lado e divulgaram um rap que já conta com mais de 170 mil acessos no YouTube.

No vídeo “I’m A Climate Scientist”, pesquisadores de diversas instituições aparecem cantando dados sobre o aquecimento global e criticando os políticos que participaram da Conferência do Clima de Copenhague (COP 15).

“Yo! Nós somos cientistas climáticos e não há como negar: as mudanças climáticas são reais!”, canta Jason Evans, do Centro de Pesquisas em Mudanças Climáticas da Universidade de New South Wales.

Assista o video abaixo e veja o video que está ajudando a salvar o planeta!